tag:blogger.com,1999:blog-3711916220445694162024-02-19T00:20:17.364-08:00Pastoral da EcologiaArquidiocese de são PauloAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/08299163506604813532noreply@blogger.comBlogger9125tag:blogger.com,1999:blog-371191622044569416.post-30262265979189252942014-02-02T01:08:00.001-08:002014-02-02T01:08:49.573-08:00<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;"></span><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;"><div class="MsoNormal" style="background: white; text-align: center; vertical-align: top;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; letter-spacing: -0.75pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">As commodities ambientais e a financeirização da natureza.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; text-align: center; vertical-align: top;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 27pt; letter-spacing: -0.75pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Entrevista especial com Amyra El Khalili*</span> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; text-align: center; vertical-align: top;">
<b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 130%;"></span></b> </div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; text-align: center; vertical-align: top;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">Por Andriolli Costa</span></i></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxVg3Vguiy6r4sFUFvTwqtPAdhQy9ZZE8daHG2Im4kkyw_PtMIbaVCILK4FnRbnq7SUwcN4c3vZVy4ZjlppIR0AAa_Tcg7diXB0neSTRqLGxKlGVXyc0FJUeDh0oF57No31gdt_zw_iuuo/s1600/Planeta.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxVg3Vguiy6r4sFUFvTwqtPAdhQy9ZZE8daHG2Im4kkyw_PtMIbaVCILK4FnRbnq7SUwcN4c3vZVy4ZjlppIR0AAa_Tcg7diXB0neSTRqLGxKlGVXyc0FJUeDh0oF57No31gdt_zw_iuuo/s1600/Planeta.jpg" height="202" width="320" /></a></i></span></div>
</div>
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">De acordo com o <b>Ministério da Agricultura</b>, durante o ano de 2013 o agronegócio brasileiro atingiu a cifra recorde de 99,9 bilhões de dólares em exportações. Soja, milho, cana ou carne ganham os mercados externos na forma de <b>commodities</b>: padronizadas, certificadas e atendendo a determinados critérios e valores regulados internacionalmente.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">Para a economista <b>Amyra El Khalili</b>, no entanto, as monoculturas extensivas não deveriam ser a única alternativa de produção brasileira. A movimentação econômica envolvendo as <b>commodities tradicionais</b> exclui do processo os pequenos e médios produtores, extrativistas, ribeirinhos e as populações tradicionais. Sem grandes incentivos governamentais, sem investimento para atingir os elevados padrões de qualidade nacionais e internacionais ou capacidade produtiva para atingir os mercados, estes permanecem sempre à margem do sistema.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">Foi com base no raciocínio da inclusão que a economista de origem palestina criou o conceito de <b>commodity ambiental</b>. Em entrevista concedida por e-mail ao <b>Intituto Humanitas Unisinos – IHU On-Line**</b>, ela aborda a polêmica dos créditos de carbono (uma “comoditização da poluição”), questiona o fornecimento de créditos por <a href="http://www.ihu.unisinos.br/cadernos-ihu-ideias/58504-reflexoes-estruturais-sobre-o-mecanismo-de-reddf" target="_blank"><b><span style="color: #e66101; text-decoration: none;"><span style="color: black;">Redução de Emissões por Desmatamento (Redd)</span></span></b></a> para o agronegócio e descreve o conceito inicial criado por ela. “Uma commodity tradicional é a matéria-prima extraída do ecossistema, que é manufaturada, padronizada por um critério internacional de exportação adotado entre transnacionais e governos”. Por outro lado, a commodity ambiental “também terá critérios de padronização, mas adotando valores socioambientais e um modelo econômico totalmente diferente”.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">Confira a entrevista.</span></b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;"><u></u><u></u></span></div>
<table align="right" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="border-collapse: collapse;"><tbody>
<tr><td style="padding: 0.75pt;"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 130%; text-align: center;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;"><u></u><u></u></span> </div>
</td></tr>
<tr><td style="padding: 0.75pt;"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 130%; margin-bottom: 12pt; text-align: center;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;"><u></u><u></u></span> </div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">IHU On-Line - Existe diferença entre comoditização da natureza e financeirização da natureza? Quais?</span></b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;"><u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">Amyra El Khalili –</span></b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;"> Existe, mas uma acaba interferindo na outra. A <b>comoditização da natureza</b> é transformar o bem comum em mercadoria. Ou seja, a água, que na linguagem jurídica é chamada de bem difuso, deixa de ser bem de uso público para ser privatizada, para se tornar mercadoria. A financeirização é diferente, é a ação de tornar financeiro aquilo que é eminentemente econômico.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">Isso porque a melhora da qualidade de vida também é uma questão econômica. Uma região onde as pessoas conseguem conviver com a natureza e tem acesso à água limpa, por exemplo, oferece um custo financeiro melhor, onde você vive melhor e gasta menos. Isso também tem fundamento econômico.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">IHU On-Line - No caso da financeirização da natureza, o que se encaixaria nessa descrição?</span></b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;"><u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">Amyra El Khalili -</span></b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;"> A nossa obrigação de pagar por serviços que a natureza nos faz de graça e que nunca foram contabilizados na economia, como sequestrar o carbono da natureza, por exemplo. As árvores sequestram o carbono naturalmente, mas para ter qualidade de ar daqui para frente é preciso pagar para respirar. Nessa lógica, aquele que respira precisa pagar pelo preço daquele que poluiu, enquanto este deixa de ser criminalizado e recebe flexibilidade para não ser multado.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">IHU On-Line - Você foi a criadora do conceito de commodities ambientais, que é bem diferente da comoditização da natureza. Qual era a sua proposta inicial para o termo?</span></b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;"><u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">Amyra El Khalili –</span></b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;"> Uma <b>commodity tradicional</b> é a matéria-prima extraída do ecossistema, que é manufaturada, padronizada por um critério internacional de exportação adotado entre transnacionais e governos. Os pequenos e médios produtores, os extrativistas e ribeirinhos, entre outros, não participam dessas decisões. O ouro, minério, não é uma <b>commodity</b> enquanto está na terra, é um bem comum. Ele torna-se uma quando é transformado em barras, registrado em bancos, devidamente certificado com padrão de qualidade avaliado e adequado a normas de comercialização internacional.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">A <b>commodity ambiental</b> também terá critérios de padronização, mas adotando valores socioambientais e um modelo econômico totalmente diferente. O conceito está em construção e debate permanente, mas hoje chegamos à seguinte conclusão: a <b>commodity ambiental</b> é o produto manufaturado pela comunidade de forma artesanal, integrada com o ecossistema e que não promove o impacto ambiental como ocorre na produção de commodities convencionais.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">A convencional <b>(soja, milho, café, etc.)</b> é produzida com monocultura e a ambiental exige a diversificação da produção, respeitando os ciclos da natureza de acordo com as características de cada bioma. A convencional caminha para transgenia, para biologia sintética e geoengenharia; a outra caminha para a agroecologia, permacultura, agricultura alternativa e de subsistência, estimulando e valorizando as formas tradicionais de produção que herdamos de nossos antepassados. A convencional tende a concentrar o lucro nos grandes produtores, já a ambiental o divide em um modelo associativista e cooperativistas para atender a maior parte da população que foi excluída do outro modelo de produção e financiamento.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">O <b>Brasil</b> concentra sua política agropecuária em cinco produtos da pauta de exportação (soja, cana, boi, pinus e eucaliptos). A comoditização convencional promove o desmatamento, que elimina a biodiversidade com a abertura das novas fronteiras agrícolas. Nós somos produtores de grãos, mas não existe apenas essa forma de geração de emprego e renda no campo. Quantas plantas nós temos no <b>Brasil</b>? Pense na capacidade da riqueza da nossa biodiversidade e o que nós poderíamos produzir com a diversificação. Doces, frutas, sucos, polpas, bolos, plantas medicinais, chás, condimentos, temperos, licores, bebidas, farinhas, cascas reprocessadas e vários produtos oriundos de pesquisas gastronômicas. Sem falar em artesanato, reaproveitamento de resíduos e reciclagem. O meio ambiente não é entrave para produzir, muito pelo contrário.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">IHU On-Line - Como é possível transformar em commodity algo produzido de forma artesanal?</span></b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;"><u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">Amyra El Khalili –</span></b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;"> O termo é justamente uma provocação. Na <b>commodity ambiental</b> utilizamos critérios de padronização reavaliando os critérios adotados nas commodities tradicionais. Por isso cunhei o termo para explicar a <b>“descomoditização”</b>. No entanto, diferentemente das convencionais, os critérios de padronização podem ser discutidos, necessitam de intervenções de quem produz e podem ser modificados. Nas commodities ambientais, o excluído deve estar no topo deste triângulo, pois os povos das florestas, as minorias, as comunidades que manejam os ecossistemas é que devem decidir sobre esses contratos, critérios e gestão destes recursos, uma vez que a maior parte dos territórios lhes pertence por herança tradicional.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">Com objetivo de estimular a organização social, cito um exemplo de comercialização associativista e cooperativista bem-sucedida. É o caso dos produtores de flores de <b>Holambra (SP)</b>. Além de produzirem com controle e gestão adequados às suas necessidades, a força da produção coletiva e o padrão de qualidade fizeram com que o seu produto ganhasse espaço e reconhecimento nacional.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">Hoje você vê flores de <b>Holambra</b> até na novela da <b>Globo</b>. Essa produção, porém, ainda está no padrão de commodities convencional, pois envolve o <a href="http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3976&secao=368" target="_blank"><b><span style="color: #e66101; text-decoration: none;">uso de agrotóxicos</span></b></a>. Mesmo assim conseguiu adotar outro critério para decidir sobre a padronização, comercialização e precificação, libertando-se do sistema de monocultura. A produção de flores é diversificada, o que faz com que o preço se mantenha acima do custo de produção, auferindo uma margem de lucro para seus produtores.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">Inspirados no exemplo de comercialização da <b>Cooperativa Agrícola de Holambra</b> com o sistema de <b>Leilão de Flores (Veiling)</b>, desenvolvemos um projeto de comercialização das commodities ambientais, além de novos critérios integrados e participativos de padronização com associativismo. No entanto, o governo também precisa incentivar mais esse tipo de produção alternativa e comunitária. A Anvisa, por exemplo, exige normas de vigilância sanitária e padrões de industrialização que tornam inacessível para as mulheres de <b>Campos dos Goytacazes</b> colocarem suas goiabadas nos supermercados brasileiros (para além de sua cidade). Quem consegue chegar aos supermercados para vender um doce? Só a Nestlé, só as grandes empresas.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">E o questionamento que está sendo feito é justamente esse. Abrir espaço para que pessoas como as produtoras de doces saiam da margem do sistema econômico. Que elas também possam colocar o seu doce na prateleira e este concorra com um doce industrializado, com um preço que seja compatível com sua capacidade de produção. Não é industrializar o doce de goiaba, mas manter um padrão artesanal de tradição da goiabada cascão. Se nós não tivermos critérios fitossanitários para trazer para dentro essa produção que é feita à margem do sistema, elas vão ser sempre espoliadas e não terão poder de decisão. O que se pretende é que se crie um mercado alternativo e que esse mercado tenha as mesmas condições, e que possam, sobretudo, decidir sobre como, quando e o que produzir.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">IHU On-Line – O termo commodities ambientais é por vezes utilizado de maneira distorcida, como que fazendo referência às commodities tradicionais, mas aplicada a assuntos ambientais, como os créditos de carbono. De que modo foi feita essa apropriação?</span></b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;"><u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">Amyra El Khalili –</span></b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;"> Ele foi apropriado indevidamente pelos negociantes do mercado de carbono. Eles buscavam um termo diferente da expressão “<a href="http://www.ihu.unisinos.br/noticias/505419-brasilregistraapenas14projetosdevendadecreditodecarbonoem2011" target="_blank"><b><span style="color: #e66101; text-decoration: none;">créditos de carbono</span></b></a>”, uma palavra que já denuncia um erro operacional. Afinal, se você quer reduzir a emissão, por que creditar permissões para emitir? Contadores, administradores de empresa e pessoas da área financeira não entendiam como se reduz emitindo um crédito que entra no balanço financeiro como ativo e não como passivo.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">Como o nome créditos de carbono não estava caindo na graça de gente que entende do mercado, eles pegaram a expressão commodities ambientais para tentar justificar créditos de carbono. Porque na verdade estavam comoditizando a poluição e financeirizando-a. É o que consideramos prática de assédio conceitual sub-reptício: quando se apropriam das ideias alheias, esvaziam-nas em seu conteúdo original e preenchem-nas com conteúdo espúrio. É importante salientar que esse “modus operandi” está ocorrendo também com outras iniciativas e temas como a questão de gênero e étnicas. Bandeiras tão duramente conquistadas por anos de trabalho e que nos são tão caras.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">IHU On-Line - Os defensores da Redução Certificada de Emissão promovida pelos Créditos de Carbono afirmam que apesar desse recurso oferecer aos países industrializados uma permissão para poluir, o governo estabelece um limite para estas transações. Você concorda com tal afirmação?</span></b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;"><u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">Amyra El Khalili –</span></b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;"> Esse controle tanto não é feito de maneira adequada, que desde 2012 há uma polêmica no parlamento europeu de grupos que exigem que a <b>Comunidade Europeia</b> retenha 900 milhões de permissões de emissão autorizadas após o mercado ter sido inundado por estas permissões <b>(cap and trade)</b>. São permissões auferidas pelos órgãos governamentais que foram vendidas quando a cotação dos créditos de carbono estava em alta e agora caíram para quase zero.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">Então na teoria pode ser muito bonito, mas entre a teoria e a prática há uma distância oceânica. Há também o seguinte: ainda que você tenha o controle regional, a partir do momento que um título desses vai ao mercado financeiro e pode ser trocado entre países e estados em um sistema globalizado, quem controla um sistema desses? Se internamente, com os nossos títulos, às vezes ocorrem fraudes e perda de controle tanto com a emissão quanto com as garantias, como se vai controlar algo que está migrando de um canto para outro? É praticamente impossível controlar volumes vultosos de um mercado intangível e de difícil mensuração.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">IHU On-Line - A China e a Califórnia planejam utilizar os arrozais como fonte para créditos de carbono, o que levou a uma reação da comunidade ambiental com o movimento No-Redd Rice. Em que consiste o movimento e por que ele é contrário a este acordo?</span></b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;"><u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">Amyra El Khalili –</span></b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;"> O <b>REDD</b>, a <b>Redução de Emissões por Desmatamento</b> <b>e Degradação Florestal</b>, é a compra de um título em créditos de carbono sobre uma área de floresta que deve ser preservada. Trata-se de mais um exemplo de financeirização da natureza, pois vincula a comunidade local a um contrato financeiro em que ela fica impedida de manejar a área por muitos anos, enquanto a outra parte do contrato continua produzindo e emitindo poluição do outro lado do mundo.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">No caso do arroz com <b>REDD</b>, acontece o seguinte: com o entendimento de que uma floresta sequestra carbono, e que é possível emitir créditos de carbono sobre uma área preservada de floresta, o argumento é que a plantação também sequestra. O transgênico inclusive sequestra mais carbono do que a agricultura convencional, porque a transgenia promove o crescimento mais rápido da planta e acelera o ciclo do carbono. Então qualquer coisa que você plantar na monocultura intensiva, como a cana ou a soja, vai sequestrar carbono também. E, por isso, o agronegócio deseja emitir créditos de carbono também para a agricultura. Podemos dizer que não sequestra? Não, realmente sequestra, mas e quanto aos impactos ambientais?<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">O movimento internacional contra <b>REDD</b> com <b>Arroz</b> está se posicionando porque isso pressionará toda produção agropecuária mundial, colocando os médios e pequenos produtores, populações tradicionais, populações indígenas novamente reféns das transnacionais e dos impactos socioambientais que esse modelo econômico excludente está causando, além de afetar diretamente o direito à soberania alimentar dos povos, vinculando o modelo de produção à biotecnologia e com novos experimentos bio-geo-químicos.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">IHU On-Line - O problema é que, se o crédito de carbono foi criado com o objetivo de diminuir os impactos ambientais, não se pode colocar sob uma monocultura que gera impactos da mesma forma a possibilidade de solução do problema, correto?</span></b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;"><u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">Amyra El Khalili –</span></b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;"> Exatamente. Outra coisa importante é que, mesmo com o conceito <b>commodity ambiental</b> estando em construção coletiva e permanentemente em discussão, hoje nós temos a certeza do que não é uma <b>commodity ambiental</b>. Elas não são transgênicas, nem podem ser produzidas com derivados da biotecnologia — como biologia sintética e geoengenharia. Não são monocultura, não podem se concentrar em grandes produtores, não causam doenças pelo uso de minerais cancerígenos <b>(amianto)</b>, não usam produtos químicos, nem envolvem a poluição ou fatores que possam criar problemas de saúde pública, pois estes elementos geram enormes impactos ambientais e socioeconômicos.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">A produção agrícola, como é feita hoje, incentiva o produtor a mudar sua produção conforme o valor pago pelo mercado. Então se a demanda for de goiaba, só se planta goiaba. Nas <b>commodities ambientais</b>, não. Não é o mercado, mas o ecossistema que tem o poder de determinar os limites da produção. Com a diversificação da produção, quando não é temporada de goiaba é a de caqui, se não for caqui na próxima safra tem pequi e na seguinte melancia. Se começarmos a interferir no ecossistema para manter a mesma monocultura durante os 365 dias do ano, vamos gerar um impacto gravíssimo.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">IHU On-Line – O que é a água virtual e como esse conceito se encaixa na discussão de commodities?</span></b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;"><u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">Amyra El Khalili –</span></b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;"> A <a href="http://www.ihu.unisinos.br/noticias/527047-brasil-e-grande-exportador-de-agua-virtual" target="_blank"><b><span style="color: #e66101; text-decoration: none;">água virtual</span></b></a> é a quantidade de água necessária para a produção das <b>commodities</b> que enviamos para exportação. No Oriente Médio, ou em outros países em crise de abastecimento, como não há água para a produção agrícola extensa a alternativa é importar alimento de outros países. Quando se está importando alimento, também se importa a água que este país investiu e que o outro deixou de gastar.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">O que se defende na nossa linha de raciocínio é que, quando exportamos <b>commodities tradicionais</b> (soja, milho, boi, etc.), se pague esta água também. No entanto, não é paga nem a água, nem a energia ou o solo gasto para a produção daquela monocultura extensiva. A comoditização convencional, no modelo que temos no Brasil há 513 anos, é altamente consumidora de energia, de solo, de água e biodiversidade, e esse custo não está agregado ao preço da <b>commodity</b>. O produtor não recebe este valor, pois vende a soja pelo preço formado na <b>Bolsa de Chicago</b>. Quem compra <b>commodity</b> quer pagar barato, sempre vai pressionar para que este preço seja baixo.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">Ainda sobre a água, se é na escassez dos recursos que estes passam a ser valorizados como mercadoria, quais as perspectivas de uma crise mundial no abastecimento hídrico?</span></b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;"><u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">Amyra El Khalili –</span></b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;"> Eu considero a questão hídrica a mais grave e mais emergencial no mundo. Sem água não há vida, ela é essencial para a sobrevivência do ser humano e de todos os seres vivos. A falta de água é morte imediata em qualquer circunstância. No Brasil não estamos livres do problema da água. Muita dessa água está sendo contaminada com despejo de efluentes, agrotóxicos, químicos e com a eminência da exploração de gás de xisto, por exemplo, onde a técnica usada para fraturar a rocha pode contaminar as <a href="http://www.ihu.unisinos.br/noticias/502236-pais-faz-mapeamento-de-aguas-subterraneas" target="_blank"><b><span style="color: #e66101; text-decoration: none;">águas subterrâneas</span></b></a>.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">Os pesquisadores e a mídia dão ênfase muito grande para as mudanças climáticas, que é a consequência, sem aprofundar a discussão sobre as causas. Dão destaque para o mercado de carbono como “a solução”, sem dar prioridade para a causa que é o binômio água e energia. O modelo energético adotado no mundo colabora para esses desequilíbrios climáticos, se não for o maior responsável entre todos os fatores. Nós somos totalmente dependentes de energia fóssil, e no Brasil temos um duplo uso da água: para produzir energia (hidrelétricas) e para produção agropecuária e industrial, além do consumo humano e de demais seres vivos.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 130%;">E por que é necessário produzir tanta energia? Porque nosso padrão de consumo é altamente consumidor. Seguimos barrando rios e fazendo hidrelétricas, e quando barramos rios, matamos todo o ecossistema que é dependente do ciclo hidrológico. Caso o<b> binômio água e energia</b> seja resolvido, também será resolvido o problema da emissão de carbono. Quando se resolve a questão hídrica, recompomos as florestas, as matas ciliares, a biodiversidade. O fluxo de oxigênio no ambiente e a própria natureza trabalhará para reduzir a emissão de carbono. Se não atacarmos as causas ficaremos circulando em torno das consequências, sem encontrarmos uma solução real e eficiente para as presentes e futuras gerações.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 130%;"></span> </div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 130%;"><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 130%;"><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 130%;"><strong>* Amyra El Khalili</strong></span><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 130%;"> é colaboradora da Pastoral da Ecologia. Economista graduada pela <strong>Faculdade de Economia, Finanças e Administração de São Paulo</strong>. Atuou nos <strong>Mercados Futuros</strong> e de Capitais como operadora da bolsa, abandonou o mercado financeiro para investir seu tempo e energia no ativismo. É idealizadora do projeto da <strong>Bolsa Brasileira de Commodities Ambientais</strong>, fundadora do <strong>Movimento Mulheres pela P@Z</strong> e editora da <strong>Aliança RECOs</strong> <strong>(Redes de Cooperação Comunitária Sem Fronteiras)</strong>. É autora do e-book gratuito<a href="http://lachatre.com.br/Amyra/commoditiesambientais.pdf" target="_blank"><span style="color: #e66101; text-decoration: none;"><strong> Commodities Ambientais em missão de paz - novo modelo econômico para a América Latina e o Caribe </strong></span></a><strong>(São Paulo: Nova Consciência, 2009)</strong>.<u></u><u></u></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 130%;">** O Instituto Humanitas Unisinos – IHU</span></b><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 130%;"> é um órgão transdisciplinar da <b>Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos</b>, em São Leopoldo, RS, que visa a apontar novas questões e buscar respostas para os grandes desafios de nossa época, a partir da visão do humanismo social cristão, participando, ativa e ousadamente, do debate cultural em que se configura a sociedade do futuro.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 130%;">Fundado em setembro de 2001, por ocasião do Simpósio Internacional O Ensino Social da Igreja e a Globalização, o IHU desenvolve sua reflexão e ação a partir de cinco grandes áreas orientadoras:<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 130%;">• Ética<br />• Trabalho<br />• Sociedade Sustentável<br />• Mulheres: sujeito sociocultural<br />• Teologia Pública.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 130%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 130%;">Dessa forma, o IHU quer contribuir, por meio de atividades, simpósios e publicações transdisciplinares, na realização da missão da Unisinos como universidade jesuíta, que busca com denodo tornar efetiva a missão da Companhia de Jesus da diaconia da fé, da promoção da justiça e do diálogo cultural e inter-religioso.<u></u><u></u></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08299163506604813532noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-371191622044569416.post-2023899489203210142013-11-11T13:14:00.002-08:002013-11-11T13:14:19.734-08:00<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 24pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">A captura corporativa da COP19</span> <u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Conferência da ONU</span> <span style="font-family: Verdana, sans-serif;">sobre Mudanças Climáticas, </span></span></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Varsóvia, Polônia<u></u><u></u></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 11.25pt; text-align: center;">
<span style="color: #c00000; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-size: small;"><span style="color: black;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><em>Por Amyra El Khalili*</em></span></span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgutEAvr7UbaLlFpWuL0_6itJZIuKG81sx7D00Tk4xvrI7VjFSnFtCE1Zcu83csPXL4j9jQtEdOYKwb1whlF7lpndFh9x2Ks6-XSZaeFt4M0TgNyFthHvOaba_EoiFJCJdGjxmrKFwA3T7n/s1600/Ceu.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgutEAvr7UbaLlFpWuL0_6itJZIuKG81sx7D00Tk4xvrI7VjFSnFtCE1Zcu83csPXL4j9jQtEdOYKwb1whlF7lpndFh9x2Ks6-XSZaeFt4M0TgNyFthHvOaba_EoiFJCJdGjxmrKFwA3T7n/s1600/Ceu.jpg" height="256" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 11.25pt; text-align: center;">
<span style="color: #c00000; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-size: small;"><span style="color: black;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><em><u></u></em></span><u></u></span></span></span> </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 11.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">A campanha contra a financeirização e mercantilização da natureza empreendida por centenas de Ongs, movimentos sociais, redes, coletivos e associações de todo o mundo, tem origem nas sucessivas crises do capitalismo pós-moderno enraizado no modelo neoliberal. Neo, significa novo; liberal, liberar. O neoliberalismo defende o livre mercado sem a mão pesada das políticas de comando e de controle dos governos nacionais e internacionais ou de regras que promovam o “travamento” dos mercados financeiros. <u></u><u></u></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 11.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Adeptos das teorias de que as forças dos mercados se autorregulam, os neoliberais adotaram políticas de substituição do papel dos Estados por corporações da iniciativa privada. Onde o Estado deveria agir como os setores de educação, saúde, prestação de serviços (distribuição e tratamento de água, esgoto, energia, comunicação, mineração), são tais setores entregues às corporações privadas em muitos países para fazerem a gestão financeira e administrativa. Assim sendo, privatizam-se os lucros e socializam-se os prejuízos. Se o Estado promovia, em muitos momentos, a redução do “crescimento econômico” por não poder exercer também o papel que caberia ao mercado, a entrega do patrimônio e dos serviços públicos criou distorções e conflitos entre o verdadeiro papel do Estado, colocando em dúvida os motivos que levaram a sua relação tendenciosa com os interesses dos mercados, particularmente, o mercado financeiro.<u></u><u></u></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 11.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">A ação de tornar financeiro tudo aquilo que é eminentemente econômico, a financeirização e, a mercantilização, ação de tornar mercadoria aquilo que não deveria ser, por questões éticas, mercadoria, está propiciando uma nova modalidade de instrumentos e contratos através dos mercados financeiros, que pretendem tornar bens , antes considerados fora da rota dos estudos de bens e serviços econômicos, em mercadorias. Esses bens são denominados “bens difuso” – bens de uso público ou “bens comuns”. <i><u></u><u></u></i></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;">O bem ambiental, conforme explica o art. 225 da Constituição, é “de uso comum do povo”, ou seja, não é bem de propriedade pública, mas sim de natureza difusa, razão pela qual ninguém pode adotar medidas que impliquem gozar, dispor, fruir do bem ambiental, destruí-lo ou fazer com ele de forma absolutamente livre tudo aquilo que é da vontade, do desejo da pessoa humana no plano individual ou metaindividual.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><u></u></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;">Ao bem ambiental é somente conferido o direito de usá-lo, garantido o direito das presentes e futuras gerações.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><u></u></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 11.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">A declaração<i> “Não a compensação da biodiversidade!” (1), </i>denuncia essa apropriação indevida do bem ambiental pelas corporações com a conivência e aval dos Estados – a biodiversidade e dos serviços que a natureza produz gratuitamente. <u></u><u></u></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; font-size: small;">O ecohistoriador e ambientalista, Prof. Dr. Arthur Soffiati, nos alerta para os perigos desta nova tendência do capitalismo neoliberal:</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><u></u> <u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 35.4pt;">
<span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">“Esta nova tendência é a de transformar toda a natureza potencial e utilitariamente em mercadoria. Assim, abre-se caminho para o capitalismo explorar o trabalho gratuito que a natureza exerce com ou sem sociedades humanas dependentes dele. “Você quer oxigênio? Pague pela fotossíntese aqui, à empresa que ganhou do estado a licitação para explorá-la”. <u></u><u></u></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-weight: normal; line-height: 115%;"><u></u><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"> <u></u></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 14pt; font-weight: normal; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: small;">Mas o neoliberalismo, que, pasmem, tanto fascinou o intelectual francês Michel Foucault no final de sua vida, vai mais longe ainda. Quanto mais profunda for a crise ambiental provocada pela sociedade industrial, mais oportunidades de negócio se abrem. “Não vamos combater as mudanças climáticas para retornarmos às condições que o Holoceno naturalmente nos proporcionou, se fizermos isso, vamos perder dinheiro”. Se não é este o discurso dos negociantes, é este seu pensamento.”<u></u><u></u></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<strong><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><u></u> <u></u></span></strong></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;">A declaração <i>“Parem com a aquisição corporativa e expansão dos mercados de carbono na COP19 agora!</i> “ (2) assinada por mais de 135 grupos, movimentos e redes de todo o mundo, denuncia a captura corporativa da COP19 pelas mesmas empresas que lucraram com a crise climática e foram também os responsáveis por ela. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;">A União Européia e os grandes poluidores estão ignorando efetivas ações climáticas para promover a expansão dos mercados de carbono na COP19.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><u></u><u></u></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Esse movimento internacional denuncia também que os players (jogadores) do mercado de carbono que realizaram lucros com as falhas da desregulamentação do Comércio de Emissões da União Européia, o maior sistema em atividade no mundo, estão pressionando para se salvarem da redução drástica das cotações dos créditos de carbono que vem apresentando baixas após sucessivas quedas de preços. Desta forma, prenunciam a formação de um mercado global que interligariam os sistemas de comercialização entre países, ainda que o mercado de carbono tenha se mostrado, por mais de 15 anos, ser ineficiente e se prestado a atrair todo tipo de irregularidades e fraudes. Há quem diga que as fraudes estão desconectadas do Comércio de Emissões da União Européia – EU ETs, como se uma coisa nada tivesse a ver com a outra. Tal afirmação ou é ingenuidade ou as pressões para defender os interesses dos players estão provocando um discurso dúbio e pretensiosamente confuso para iludir investidores entre outros possíveis atores deste mercado.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">É flagrante a relação duvidosa entre governos e corporações com negociações paralelas em reuniões previamente agendadas na COP19. Já se vão 20 anos sem ações efetivas para combater as mudanças climáticas.<u></u><u></u></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">É chegada a hora de acabar com o Comércio de Emissões da União Européia que só tem causado problemas e conflitos com comunidades tradicionais, povos das florestas, campesinos entre outros com políticas desastrosas e que somente alimentaram a especulação financeira em plena crise econômica na Europa e nos EUA. Esta crise do capitalismo mundial que tem quebrado países, vem adotando também políticas de austeridade, afetando diretamente a qualidade dos serviços públicos com desemprego e desesperanças. (3)<u></u><u></u></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;">As declarações </span><i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;">“Parem com a aquisição corporativa e expansão dos mercados de carbono na COP19 agora!</span></i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"> e “ <i>Não a compensação da biodiversidade!”</i> estão abertas para </span><span lang="ES" style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;">receberem assinaturas de organizações, grupos, redes, associações e coletivos.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span lang="ES" style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span lang="ES" style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Nos</span></span><span lang="ES" style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">sa<span> posi</span>ção é a de endossar<span> as declarações com conhecimento de causa, sobretudo com histórico e trajetória compro</span>b<span>ada desta autora que vos escreve,</span> nos mercados futuros e de capitais.</span> </span><span lang="ES" style="color: #444444; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span> </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><strong>Notas:<u></u></strong><u></u></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span>(1)<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></span><u></u><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;">Declaração “ <i>Não a compensação da biodiversidade”. <u></u><u></u></i></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 18pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Em espanhol: </span></span><a href="http://no-biodiversity-offsets.makenoise.org/espanol/" target="_blank"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">http://no-biodiversity-<wbr></wbr>offsets.makenoise.org/espanol/</span></span></a><span><span style="line-height: 115%;"><wbr></wbr><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">; </span></span></span><span><i><span style="color: windowtext; font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%; text-decoration: none;"><u></u><u></u></span></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 18pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Em inglês: : </span></span><a href="http://no-biodiversity-offsets.makenoise.org/" target="_blank"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">http://no-biodiversity-<wbr></wbr>offsets.makenoise.org/</span></span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"> <i><u></u><u></u></i></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"> Em português: </span><a href="http://no-biodiversity-offsets.makenoise.org/portugues/" target="_blank"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">http://no-biodiversity-<wbr></wbr>offsets.makenoise.org/<wbr></wbr>portugues/</span></a><i><u></u><u></u></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span></span><br /></div>
<div style="line-height: 115%;">
<u></u><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span>(2)<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></span><u></u><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;">Declaração <i>“Parem com a aquisição corporativa e expansão dos mercados de carbono na COP19 agora!</i> “. <u></u><u></u></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"> Em espanhol: </span><a href="http://scrap-the-euets.makenoise.org/wp-content/uploads/2013/11/COP19_Statement_Español.pdf" target="_blank"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">http://scrap-the-euets.<wbr></wbr>makenoise.org/wp-content/<wbr></wbr>uploads/2013/11/COP19_<wbr></wbr>Statement_Español.pdf</span></a><u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"> Em inglês: </span></span><a href="http://scrap-the-euets.makenoise.org/" target="_blank"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">http://scrap-the-euets.<wbr></wbr>makenoise.org/</span></span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><u></u><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"> <u></u></span></span></div>
<div style="line-height: 115%;">
<u></u><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span>(3)<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></span><u></u><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;">Declaração <span style="color: #444444;">É hora de desmontar o ETS! </span><u></u><u></u></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 18pt;">
<span style="color: #444444; font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Em português: </span></span><a href="http://scrap-the-euets.makenoise.org/portugues/" target="_blank"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">http://scrap-the-euets.<wbr></wbr>makenoise.org/portugues/</span></span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><u></u><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"> <u></u></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span lang="PT" style="color: #c00000; font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="color: black;"><strong>* Amyra El Khalili </strong></span></span><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;">é economista, autora do e-book "Commodities Ambientais em Missão de Paz: Novo Modelo Econômico para a América Latina e o Caribe". São Paulo: Nova Consciência, 2009. 271 p. Acesse gratuitamente </span></span><a href="http://www.amyra.lachatre.org.br/" target="_blank"><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">www.amyra.lachatre.org.br</span></span></a></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08299163506604813532noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-371191622044569416.post-27219455755808371612013-10-28T11:42:00.003-07:002013-10-31T02:15:36.768-07:00<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-large;">Mais Vida Menos Lixo</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7s4XZo3pXbZedJqqMDmp4ueVYtov4M0BRn_Ir4utUF9EyTv4jZJJR5hWp_Dici8ppnygdZLwYfLCSdvp9qr3gdm68iPMZw9GPUgG_QT7j2WCBc8q7gWlDYFRa2GVc49RcrkLV8N77wymz/s1600/MaisVida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7s4XZo3pXbZedJqqMDmp4ueVYtov4M0BRn_Ir4utUF9EyTv4jZJJR5hWp_Dici8ppnygdZLwYfLCSdvp9qr3gdm68iPMZw9GPUgG_QT7j2WCBc8q7gWlDYFRa2GVc49RcrkLV8N77wymz/s1600/MaisVida.jpg" height="197" width="200" /></a></div>
<span lang="" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;"><span style="font-size: x-small;"><b><br /></b></span>
<span style="font-size: large;">Nota da Pastoral da Ecologia da arquidiocese de São Paulo sobre a gestão dos residuos domesticos na cidade.</span>
<br /><br />
</span><span lang="PT-BR" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">No tempo de Cristo o lixo ja era considerado um problema que piora a qualidade de vida das pessoas. No Evangelho escrito por Mateus (Mt 3, 12 e 18, 8-9) ele fala de um lugar chamado "Geena" onde há um fogo eterno que consome tudo aquilo não pode ser purificado. Esse lugar, é detectado historicamente como o deposito de lixo da cidade de Jerusalém para onde todos os seus habitantes levavam a sua carga de lixo. E, para que esse depósito não ficasse tão grande a ponto de colocar em risco a saúde das pessoas, misturava-se pequenas quantidades de enxofre ao lixo e depois se ateava fogo. Ocorre que, novas cargas de lixo chegavam ao local antes que o fogo consumisse totalmente a carga anterior e o depósito de lixo tornou-se assim um lugar de fogo eterno onde se queimava tudo aquilo que não prestava mais. Esse foi o fato que alimentou a mais forte ideia do inferno como um lugar de fogo eterno onde se queima inpiedosamente todas as almas impuras.</span><br />
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span lang="PT-BR" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">O lixo é um dos maiores problemas que afligem a humanidade. Nos grandes centros urbanos como São Paulo milhares de toneladas de lixo são confinadas diariamente em aterros sanitários, lixões, margens de córregos, estradas, terrenos baldios, becos e fundos de quintais. Ele polui a terra onde é diretamente depositado e a torna inutilizável por centenas de anos (grande parte da cidade está construída sobre terrenos contaminados); o chorume que escorre do lixo se infiltra pela terra e contamina os córregos, lagos, represas quanto e lençois freaticos subterrâneos (há indícios de que o aquifero Guarany, maior reservatório subterraneo de água do mundo e que está parcialmente localizado embaixo da cidade de São Paulo, já esteja recebendo contaminantes oriundos do lixo); finalmente, por meio de suas reações quimicas que produzem gases tóxicos e cancerigenos como o metano e o arsenio, o lixo também contamina o ar que as pessoas respiram. A Organização Mundial da Saúde – OMS, reconheceu em relatorio recente que o ar que se respira nas grandes cidades provoca cancer e doenças respiratorias letais. O simples fato de morar perto de um aterro sanitario aumenta em 20% as chances de uma pessoa contrair cancer.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span lang="PT-BR" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">A cidade de São Paulo produz aproximadamente 20 mil toneladas de lixo residencial por dia que passam pelo sistema oficial de pesagem. Para a maioria das pessoas esse é um problema invisível, elas pensam que o problema não existe porque acreditam que a prefeitura dá uma destinação correta ao lixo que é recolhido da calçada, mas não é bem assim. Para começo de conversa existe muito lixo que não é recolhido pelas concessionarias e acabam emporcalhando as vias publicas e contaminando os mananciais. A parte que a prefeitura recolhe é transportada e depositada, sem nenhuma forma de tratamento, em um aterro sanitario que, como a propria palavra diz, é um grande buraco onde a prefeitura esconde o lixo e joga terra em cima. Para construir um desses aterros a prefeitura destruiu em 2010 uma área de mais de um milhão de metros quadrados de mata atlantica na APA Cabeceiras do Aricanduva que a população local preferia ver transformada em um parque ecologico. Em menos de três anos o aterro já está se esgotando, a prefeitura nem realizou as obras de compensação do aterro construído e já quer construir outro. Se a cidade não mudar a politica de aterros, em um futuro proximo a cidade precisará jogar lixo na Mata do Carmo, na Serra da Cantareira, na APA Capivari Monos, no Parque do Estado e em qualquer lugar que tenha um restinho de natureza.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span lang="PT-BR" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Fieis à nossa missão de jardineiros de Deus (Gn 2, 15) não podemos nos conformar com soluções velhas que beneficiam apenas os eternos empresarios do lixo, por isso elaboramos, junto com os movimentos populares e assessoria independente da prefeitura e de suas concessionárias, uma proposta de gestão de resíduos em que o lixo recolhido deve ser tratado: separado; reciclado; convertido em energia; combustíveis; adubos; fertilizantes; e uma infinidade de materias primas e produtos com alto valor agregado. Para o aterro deve ser destinado apenas aquela parte dos resíduos que ainda não pode se reciclada (menos de 10% do total). Para implantar esse novo sistema será necessário quebrar o monopolio dos aterros sanitarios e permitir que diferentes tecnologias de tratamento de resíduos, inclusive de sua parte orgânica, também possam participar das licitações.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span lang="PT-BR" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">A cidade não pode ficar refem dos aterros sanitarios, a luta contra o lixo requer um esforço muito grande e deve contar com a colaboração de todas as tecnologias e alternativas disponíveis para a minimização de seus impactos negativos. O novo sistema não requer a destruição de uma nova área a cada 5 anos para confinar o lixo; deverá incentivar as cooperativas de catadores; criar milhares de novos empregos; transformar uma atividade dispendiosa para a prefeitura em uma atividade lucrativa e reduzir a demanda pela extração de novas materias primas da natureza.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span lang="PT-BR" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">São Paulo não precisa de mais aterros sanitarios. Precisa é garantir o direito constitucional de um ambiente saudável para a sua população.</span></div>
<span lang="PT-BR" style="font-size: small;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">
</span><i><br /><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">
</span></i></span><br />
<div align="RIGHT">
<span lang="PT-BR" style="font-size: small;"><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pastoral da Ecologia</span></i></span></div>
<span lang="PT-BR" style="font-size: small;"><i>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">
</span></i></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"> </span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08299163506604813532noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-371191622044569416.post-9953639811724041072013-07-18T13:31:00.001-07:002013-07-18T13:35:55.397-07:00Escola Nacional Florestan Fernandes<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<h2 class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 10pt;">
</h2>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir-SskUYcBURPnvLoQjpoehKmT6E18GQzuk3uOFgABCwL1eWQfp3LbI2MTFWcjaUXFsfIZuBXfEJl2hvfO23go6wUORNWOLulHdkLd-uNqg3v8zXuAbxLG6SfA8q8v1rFYtKwgopSBIxkj/s1600/ENFF5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir-SskUYcBURPnvLoQjpoehKmT6E18GQzuk3uOFgABCwL1eWQfp3LbI2MTFWcjaUXFsfIZuBXfEJl2hvfO23go6wUORNWOLulHdkLd-uNqg3v8zXuAbxLG6SfA8q8v1rFYtKwgopSBIxkj/s1600/ENFF5.jpg" height="426" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: Calibri; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: #0016; mso-bidi-font-family: Calibri;">Agentes da Pastoral da Ecologia da Arquidiocese de São Paulo participaram com outros grupos de convidados, de uma visita à Escola Nacional
Florestan Fernandes na cidade de Guarrarema em São Paulo. A Escola é fruto da
cooperação de vários movimentos sociais populares dentre os quais se destaca o
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: Calibri; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: #0016; mso-bidi-font-family: Calibri;">Lá ouvimos uma aula/debate do Professor Francisco José
Névoa sobre o Partido Comunista Português, vimos uma apresentação sobre a
história e as atividades da Escola e conhecemos suas instalações. Toda
sua construção, desde os projetos técnicos,<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>foi realizada com a mão-de-obra voluntária de mais de mil trabalhadores entre os anos 2000 e 2005. Até hoje seu custeio depende da solidariedade de pessoas, movimentos populares e entidades sindicais e seu funcionamento se dá por meio do
voluntariado que inclui mais de 500 professores provenientes de diversos
países. Graças a essa rica experiência, a Escola se tornou uma referencia
mundial em formação superior nas áreas de </span><span style="font-family: Calibri; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: #0016; mso-bidi-font-family: Calibri;">Filosofia Política, Teoria do Conhecimento, Sociologia Rural, Economia
Política da Agricultura, História Social do Brasil, Conjuntura
Internacional, Administração e Gestão Social, Educação do Campo e
Estudos Latino-americanos. Tudo direcionado para a formação de militantes dos movimentos sociais populares.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: Calibri; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: #0016; mso-bidi-font-family: Calibri;">A visita à Escola é realizada uma vez por mês pela
Associação dos Amigos da Escola Florestan Fernandes e a participação da
Pastoral da Ecologia é parte do programa de formação permanente do Curso
Pastoral de Educação Ambiental que complementa o conteúdo das aulas presenciais
com atividades de campo como essa. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: Calibri; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: #0016; mso-bidi-font-family: Calibri;">A Pastoral "aprovou" a escola e recomenda a
visita. É um belo exemplo das coisas maravilhosas que a solidariedade das
pessoas humildes podem construir, não deixe de visitar.</span></div>
<span style="font-family: Calibri; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: #0016; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Maiores informações podem ser obtidas na página da
Associação dos Amigos da Escola Florestan Fernandes:</span><br />
<br />
<span style="font-family: Calibri; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: #0016; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">http://amigosenff.org.br/site/node/5 </span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08299163506604813532noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-371191622044569416.post-40797889347443107322013-03-14T13:38:00.000-07:002013-03-14T13:38:01.006-07:00Francisco<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="MsoNormal" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-indent: 35.4pt;">
<img height="393" id="irc_mi" src="http://meucaomeumestre.com.br/wp-content/uploads/2012/11/franciscodeassis4.jpg" style="margin-top: 0px;" width="218" /> </div>
<div class="MsoNormal" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> O conclave que elegeu o Papa
Francisco produziu algumas surpresas que foram acolhidas pelo mundo católico
como sinais da presença e ação do Espírito Santo, apontam para uma benéfica
conversão na cúria romana e renovam a esperança e o fervor dos fiéis.</span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A eleição de um papa que em
momento algum, desde a renúncia de Bento 16, figurava nas listas dos cardeais
papáveis construídas pelos “vaticanistas” e oportunamente divulgadas pela
imprensa, revela que o espírito humano ainda é um recôndito imperscrutável onde
Deus pode agir livremente.</span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Um papa da América Latina inclui
um olhar diferente sobre os desafios da Igreja no mundo globalizado e abre a
possibilidade de conversões profundas e duradouras na vida da Igreja.</span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A adoção do nome Francisco em uma
clara referencia a São Francisco de Assis e o estilo de vida pessoal simples
que marcou sua ação pastoral são indicadores de como será o seu pontificado.</span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A simplicidade da sua
apresentação pedindo as orações do povo em seu favor antes de rezar por ele
mostra a consciência de uma tarefa difícil, cuja realização satisfatória
depende da comunhão fraterna entre o clero e o laicato.</span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Com todos esses indicadores a
Pastoral da Ecologia soma-se aos católicos do mundo inteiro e reza para que
Francisco conduza a Igreja com os valores adotados pelo Santo: oração,
humildade, pobreza e muito, muito cuidado com a natureza cujos elementos e
criaturas foram elevados por ele à categoria de “irmãos”.</span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<span style="font-size: 12pt;">Que assim seja!</span></span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08299163506604813532noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-371191622044569416.post-61785774991834682702013-03-02T16:08:00.000-08:002013-03-02T16:31:17.103-08:00A sarça ardente e a santidade do planeta<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<b><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 150%;"></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2JcSuHfX9z8g986fpH6pYODQ9JhvD3VTHXVaK7x6VhoT5If82mFI_Sz5qNEB462j4JnZexViyd_Ss3v7hlzryfuNz73oIPtrpSEe_eEp6aTtDcTHO2rSEvT0TYFVdcK9jvvORaAVYozhD/s1600/Terra.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2JcSuHfX9z8g986fpH6pYODQ9JhvD3VTHXVaK7x6VhoT5If82mFI_Sz5qNEB462j4JnZexViyd_Ss3v7hlzryfuNz73oIPtrpSEe_eEp6aTtDcTHO2rSEvT0TYFVdcK9jvvORaAVYozhD/s1600/Terra.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
A mensagem ambiental de muitos textos do Antigo e do Novo Testamento fica
mais evidente quando a leitura se realiza a luz da teologia da criação contida
no livro de Gênesis. (ver “A missão dos cristãos nos desafios ambientais”).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Um desses textos é o episódio da sarça ardente narrado no livro do êxodo
(Ex 3,1-5). A interpretação habitual dessa leitura está sob a ótica da manifestação
do poder de Deus e da afirmação de sua santidade, atributos necessários para
encorajar Moisés a assumir o desafio de liderar seu povo na missão que está
prestes a receber. Nessa releitura transparece que o cuidado com o meio
ambiente integra desde o início a missão de libertação do Povo de Deus. O
relato se inicia assim:</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 12pt 1cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="PT" style="color: black; line-height: 150%;">Apascentava
Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Madiã. Conduziu as ovelhas
para além do deserto e chegou ao Horeb, a montanha de Deus.*</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
A travessia do deserto é uma simbologia indicativa de que a rotina de
Moisés está para ser quebrada. Na base dessa decisão provavelmente estava a
escassez de comida, água e a esperança visionária de que além do deserto
haveria uma situação melhor. Foi uma atitude ousada e de grande coragem porque
se nada encontrasse, Moisés e seu rebanho poderiam ficar sem forças para
retornar. Como motivação Moisés tem diante de si a montanha de Deus e assim sua
decisão se caracteriza também como um testemunho de fé e entrega total aos
desígnios de Deus. Essa experiência de conduzir as ovelhas pelo deserto foi ainda
um anuncio e um importante treinamento para a travessia do povo de Deus que
seria liderada por ele. Foi nesse contexto e ambiente extremo onde a vida
experimenta seus limites que Moisés presenciou a manifestação de Deus.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 12pt 1cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="PT" style="color: black; line-height: 150%;">O anjo de
Iahweh lhe apareceu numa chama de fogo, do meio de uma sarça. Moisé olhou, e
eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="color: black; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-bidi-font-size: 8.0pt;">Nessa
manifestação Deus se manifestou a Moisés utilizando-se de dois elementos
naturais, o fogo e a sarça. O fogo é um símbolo teofanico que desde as épocas
mais remotas está associada à manifestação da presença de Deus e a sarça é, por
dedução, um espécime da flora local. A forma como a manifestação de Deus ocorreu
é bastante educativa, Ele utilizou um elemento da natureza (sarça) para
realizar o sinal de sua manifestação (fogo) mas realizou esse evento sem
consumir a sarça, assim evidenciou que Ele não é um consumidor da natureza e
mostrou para Moisés que ao utilizar os elementos naturais não deve consumí-los,
destruí-los ou esgotá-los. Moisés, porém não compreendeu essas coisas
imediatamente, em princípio parece não percebido o fenômeno como uma
manifestação divina mas apenas como algo misterioso:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 1.0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="color: black; line-height: 150%;">“Então disse Moisés “Darei uma volta e verei este
fenômeno estranho; verei porque a sarça não se consome”</span></span><span lang="PT" style="color: black; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-bidi-font-size: 8.0pt;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="color: black; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-bidi-font-size: 8.0pt;">O mistério que despertou a curiosidade de Moisés
realizou o propósito divino, fez com que ele se aproximasse de Deus.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 1cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="color: black; line-height: 150%;">Viu Iahweh que ele deu uma volta para ver. E Deus
o chamou do meio da sarça. Disse: “Moisés, Moisés.” Este respondeu: “Eis-me
aqui.”</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 1.0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 1.0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="color: black; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-bidi-font-size: 8.0pt;">Quando Moisés chegou perto o
suficiente Deus se manifesta de forma mais familiar e convincente, chamando-o
pelo nome. Moisés compreendeu subitamente o que estava ocorrendo e, consciente
da presença de Deus, respondeu colocando-se humildemente a disposição. O que
Deus fala em seguida é ambientalmente muito impactante:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 1.0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 1.0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="color: black; line-height: 150%;">Ele disse: “Não te aproximes daqui; tira as
sandálias dos pés porque o lugar em que estás é uma terra santa.”</span></span><span style="color: black; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-bidi-font-size: 8.0pt;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 1.0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 1.0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="color: black; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-bidi-font-size: 8.0pt;">Tirar as sandálias é atitude de reverencia
e respeito diante de alguém que se considera sublime. Mas Deus não pediu esta atitude
de reverencia e respeito para si, e sim para a terra. Certamente Deus já sabia
o quão respeitoso Moisés seria para com Ele, por isso pediu a Moisés para
reconhecer a santidade da terra e pautar sua relação com a ela com o mesmo
respeito, carinho e cuidado que Lhe dedicava.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 1.0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="color: black; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-bidi-font-size: 8.0pt;">Todo esse cuidado com a terra (e
com a sarça) é importante porque se trata de realizar a primeira missão que
Deus confiou ao Homem no relato javista da criação e também porque será útil
para retirar do deserto todos os víveres necessários para a grande travessia do
povo. Assim, o sentido da palavra terra neste episódio assume o sentido de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">crosta terrestre</i>, ambiente comum onde as
montanhas se apóiam, o mar se agita, os rios escoam, os vegetais germinam e
crescem, a vida se diversifica e a sociedade humana se desenvolve. Sob esta
ótica, a santidade da terra pisada por Moisés se estendeu para todo o planeta e
a missão salvifica do povo de Deus agora <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>inclui todos os cuidados que se deve ter com a
Terra.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 1.0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 1cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="color: black; line-height: 150%;">* Todas as citações foram extraídas da versão impressa
da Bíblia de Jerusalém.</span></span><br />
<br />
<a href="https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dE9nVTNVQTB3cW1jaGhVNzQtcnpFMGc6MQ" target="_blank"><span style="color: #cc0000;"><b><span style="font-size: small; line-height: 150%;">Curso Pastoral de Educação Ambiental</span></b></span></a><br />
<span style="font-size: x-small;"><span style="color: black; line-height: 150%;"><a href="https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dE9nVTNVQTB3cW1jaGhVNzQtcnpFMGc6MQ" target="_blank"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;"><span style="color: #cc0000;"><b><span style="font-size: small;">INSCREVA-SE AQUI</span></b></span> </span></span></a> </span></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08299163506604813532noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-371191622044569416.post-16469694617662762522013-02-17T10:17:00.002-08:002013-02-17T10:30:12.507-08:00A missão ambiental da Igreja no mundo<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"></span></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqz9RukrEKiPPjp0jKw48pdgsFszVY2guHowkKzAo_GjoeTPguemhowqWDB8anP6CaYggjMOj2PFjd8vXXCWfZ3j7N9TwfZT9UYvYwaQOIZVWK4KhgfkbOC7QFUl9AGFT4hULHsud7F6lx/s1600/Missa_Morro.jpg" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqz9RukrEKiPPjp0jKw48pdgsFszVY2guHowkKzAo_GjoeTPguemhowqWDB8anP6CaYggjMOj2PFjd8vXXCWfZ3j7N9TwfZT9UYvYwaQOIZVWK4KhgfkbOC7QFUl9AGFT4hULHsud7F6lx/s1600/Missa_Morro.jpg" /></a></td></tr>
<tr align="left"><td class="tr-caption"><b><span style="font-size: x-small;">Missa no Morro do Cruzeiro em 5/6/2010</span></b></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A ação da Igreja em defesa do meio ambiente está amplamente
fundamentada nas três fontes teológicas que alimentam a vida espiritual e a
ação da Igreja no mundo: o Magistério, a Tradição e as Sagradas Escrituras. Em
sua mensagem para a celebração do dia mundial da paz em 2007, o Papa Bento XVI
escreveu:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="Citao" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: x-small;">“A experiência demonstra que<i> toda a atitude de desprezo pelo
ambiente provoca danos à convivência humana</i>, e vice-versa. Surge assim com
mais evidência um nexo incindível entre a paz com a criação e a paz entre os
homens. Uma e outra pressupõem a paz com Deus.”</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Está aqui uma visão revolucionária que transcende o conceito
antropocêntrico que coloca o homem como senhor de todas as coisas criadas, e
aponta para uma visão biocêntrica em que o pleno desenvolvimento humano depende
da coexistência pacífica e equilibrada com todos os demais elementos da
criação.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O Documento de Aparecida, promulgado em maio de 2007 no
encerramento da V Conferencia Geral do Episcopado Latino Americano e do Caribe,
convoca os cristãos católicos para agirem em comunhão e com determinação diante
dos problemas ambientais que nos desafiam, dizendo:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="Citao" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: x-small;">“Não permitamos que nosso mundo seja uma terra cada vez mais degradada
e degradante”.</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A consciência atual do magistério da Igreja Católica leva em
consideração as informações técnicas apresentadas pelos especialistas no
assunto, mas se apóia com mais propriedade nos sólidos testemunhos deixados por
cristãos notórios ao longo da história do cristianismo, como por exemplo, São
Francisco de Assis, citado na mencionada Carta do Papa Bento XVI.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
São Francisco, inspirador e patrono das Pastorais da
Ecologia, nasceu em uma próspera família de comerciantes na cidade de Assis em
5 de julho de 1182 e, tendo experimentado o conforto proporcionado pela riqueza
material, contrariou as expectativas da sua família e trocou a promissora
carreira dos negócios por uma vida humilde de trabalho manual e contemplação. Reportava-se
aos elementos da natureza como irmãos por entender que a plenitude da vida não
depende da acumulação de riquezas, e sim da convivência pacífica e respeitosa
entre todos os elementos criados.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas, com certeza são das Sagradas Escrituras, fonte primeira
da teologia cristã, que se alimentam tanto a tradição quanto o magistério. O
relato javista da criação, no livro de Gênesis, é um dos mais belos textos
ecológicos que nos convida a repensar todos os paradigmas da civilização
contemporânea. Ali, concomitante ao ato da criação, logo depois de ter criado o
ser humano, Javé Deus plantou um jardim onde dispôs de forma harmoniosa, as
fontes de água, os animais e todas as espécies de árvores formosas para ver e
boas para comer. Ora, o plantio de um jardim supõe um projeto pensado
minuciosamente para satisfazer os anseios do espírito e não apenas as
necessidades do corpo. Assim, o jardim criado Por Deus é um lugar especial onde
também Ele se sente bem e em comunhão com suas criaturas. No centro do seu
jardim, contrariando nosso arraigado conceito antropocêntrico, ele colocou a
árvore da vida e então tomou o ser humano que havia criado e o colocou no Jardim
para cultivá-lo e guardá-lo, assim, recebemos do Criador a nossa primeira e
mais sublime missão: cuidar do jardim criado, para que nele, todas as criaturas
possam viver em harmonia entre si e com o criador. E, para que pudesse realizar a contento sua tarefa, o ser
humano recebeu de Deus um mandamento que contém uma permissão e uma proibição:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="Citao" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: x-small;">“Podes comer de todas as árvores do jardim, mas da árvore do
conhecimento do bem e do mal não comerás, porque no dia em que dela comeres
terás de morrer.” (Gn 2, 15-16)</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nesse relato transparece a interdependência virtuosa dos
seres criados: a árvore é a guardiã da vida; a vida da árvore é confiada aos
cuidados humanos; para viver, a criatura humana pode se alimentar da árvore da
vida; o consumo humano, porém, deve respeitar um limite que assegure as condições
de reprodução da vida da árvore. Ao se colocar no centro da criação e se
proclamar conhecedor do bem e do mal o ser humano rompeu com esse equilíbrio
virtuoso e iniciou um estilo de vida fundamentado no consumo excessivo e no
desperdício que explora os serviços naturais acima de seu limite de segurança e
provoca a maioria dos problemas ambientais que nos afligem atualmente.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
À luz da teologia da criação ganha grande relevância
ecológica o estilo de vida humilde adotado e recomendado por Jesus ao longo da
sua vida. O seu seguimento além de ser um exercício de elevação espiritual torna-se
imprescindível para promover o equilíbrio do ecossistema planetário. Ficam
algumas citações dos Evangelhos que exaltam a vida humilde e questionam a
riqueza e o desperdício:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="Citao" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: x-small;">“Olhai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros. E, no
entanto, o vosso Pai celeste os alimenta. Ora, não valeis vós mais do que
elas?” (Mt 6,26);</span></b></div>
<div class="Citao" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b><span style="font-size: x-small;">
</span></b><br />
<div class="Citao" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: x-small;">“Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens e dá aos
pobres, e terás um tesouro nos céus, depois vem e segue-me” (Mt 19, 21);</span></b></div>
<div class="Citao" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b><span style="font-size: x-small;">
</span></b><br />
<div class="Citao" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: x-small;">“As raposas tem tocas e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do
Homem não tem onde reclinar a cabeça” (Lc 9, 58);</span></b></div>
<div class="Citao" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b><span style="font-size: x-small;">
</span></b><br />
<div class="Citao" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: x-small;">“Não leveis ouro, nem prata, nem cobre nos vossos cintos, nem
alforje para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado, pois o
operário é digno do seu sustento” (Mt 10, 9-10).</span></b></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08299163506604813532noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-371191622044569416.post-35921561551434894652013-01-20T15:16:00.000-08:002013-01-31T12:13:19.625-08:00Curso Pastoral de Educação Ambiental<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimjNXytqoZ_4fn2E-1HjmPwircB98j7PqGY9DoUjLUFs2Jr_fQ1DNs_jJbL_TgnS3jPuhLNUC4bnKwSAalUIGiE_WPmFhi6iovmerrJSMr6F17oYLC402NTrY0ZL-GmLlf7yde_Rc6RJNv/s1600/Painel-2013.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimjNXytqoZ_4fn2E-1HjmPwircB98j7PqGY9DoUjLUFs2Jr_fQ1DNs_jJbL_TgnS3jPuhLNUC4bnKwSAalUIGiE_WPmFhi6iovmerrJSMr6F17oYLC402NTrY0ZL-GmLlf7yde_Rc6RJNv/s1600/Painel-2013.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
A Pastoral da Ecologia elaborou este curso para atender às novas demandas da
Igreja de São Paulo e oferecer capacitação suficiente para responder com
eficiência ao apelo da V Conferência de Aparecida: “Não permitamos que o nosso
mundo seja uma terra cada vez mais degradada e degradante” (AP, 87)<br />
Será concedido certificado de extensão cultural pela Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo para os alunos que participarem de acordo com as normas
do curso, com freqüência mínima de 75%.<br />
<br />
Sábados das 8 às 12 horas<br />
de 9 de março a 25 de maio de 2013 (44 h)<br />
Investimento: R$ 60,00<br />
Local das aulas: Av. Álvaro Ramos, 366 – Belém<br />
Maiores informações: Tel.: 2693-0287<br />
regiaobelem@uol.com.br – ecologia.pastoral@gmail.com<br />
<br />
<div style="text-align: left;">
<b><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><a href="https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dE9nVTNVQTB3cW1jaGhVNzQtcnpFMGc6MQ" target="_blank"><span style="background-color: white;">PARA SE INSCREVER CLIQUE AQUI</span></a></span></span></span></b></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08299163506604813532noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-371191622044569416.post-10774783397129008352013-01-19T15:01:00.001-08:002013-01-22T10:33:37.855-08:00Os jardineiros de Deus<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNVMuLqsTOo4SW5fH48O8v61UPWZejd3lOCnIxuZwIT1UO1Qw8kyfCV6xigSfNbZbgHyQP3-Jote5NkVbFoKEDA4Rj0ly_9jQcUCqzpk5x5qSvLSR8naGUgUOAIJGA8D-vLOkXzY5z80MA/s1600/Arco-Iris_2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNVMuLqsTOo4SW5fH48O8v61UPWZejd3lOCnIxuZwIT1UO1Qw8kyfCV6xigSfNbZbgHyQP3-Jote5NkVbFoKEDA4Rj0ly_9jQcUCqzpk5x5qSvLSR8naGUgUOAIJGA8D-vLOkXzY5z80MA/s1600/Arco-Iris_2.jpg" /></a></div>
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<br />
<div style="line-height: 130%; tab-stops: 0cm 45.0pt 90.0pt 135.0pt 180.0pt 225.0pt 270.0pt 315.0pt 360.0pt 405.0pt 450.0pt 16.0cm 540.0pt 585.0pt 630.0pt 675.0pt 720.0pt 765.0pt 810.0pt 855.0pt 900.0pt 945.0pt 990.0pt 1035.0pt 1080.0pt 1125.0pt 1170.0pt 1215.0pt 1260.0pt 1305.0pt 1350.0pt 1395.0pt 1440.0pt 1485.0pt 1530.0pt; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Nada
proporciona maior alegria ao espírito humano do que aquelas atividades que se
ancoram no amor ao próximo e na fidelidade a Deus. Os desafios ambientais se
oferecem como oportunidade propícia para que os cristãos vivam essa alegria e
prestem um grande serviço à humanidade.</div>
<div style="line-height: 130%; tab-stops: 0cm 45.0pt 90.0pt 135.0pt 180.0pt 225.0pt 270.0pt 315.0pt 360.0pt 405.0pt 450.0pt 16.0cm 540.0pt 585.0pt 630.0pt 675.0pt 720.0pt 765.0pt 810.0pt 855.0pt 900.0pt 945.0pt 990.0pt 1035.0pt 1080.0pt 1125.0pt 1170.0pt 1215.0pt 1260.0pt 1305.0pt 1350.0pt 1395.0pt 1440.0pt 1485.0pt 1530.0pt; text-align: justify;">
<br />
Existem
muitas razões que nos motivam a assumir o desafio de cuidar da natureza, mas
antes, convém ressaltar o seu valor sagrado e contemplativo, que confere maior
importância a todas as outras motivações.<br />
<br />
O livro de Gênesis relata que Deus
plantou um jardim, com árvores formosas de se ver e boas para se comer e nele
colocou o Homem para cultivá-lo e guardá-lo. Ora, plantar um jardim supõe o
planejamento de um conjunto de elementos capaz de satisfazer também o espírito
humano e não apenas o seu estomago.<br />
<br />
De fato, a beleza proporcionada pelo
contato e contemplação dos elementos da natureza, provocam um efeito
restaurador para o corpo e o espírito daqueles que se encontram oprimidos
pelas exigências desumanas da vida urbana moderna.</div>
<div style="line-height: 130%; tab-stops: 45.0pt 90.0pt 135.0pt 180.0pt 225.0pt 270.0pt 315.0pt 360.0pt 405.0pt 16.0cm 540.0pt 585.0pt 630.0pt 675.0pt 720.0pt 765.0pt 810.0pt 855.0pt 900.0pt 945.0pt 990.0pt 1035.0pt 1080.0pt 1125.0pt 1170.0pt 1215.0pt 1260.0pt 1305.0pt 1350.0pt 1395.0pt 1440.0pt 1485.0pt 1530.0pt; text-align: justify;">
<br />
<br />
Mas,
para além dos valores espirituais, quando as intervenções humanas sobre a
natureza provocam impactos de aguda gravidade e constituem real ameaça para o
futuro da humanidade, o cuidado com a natureza transcende o limiar das ações
simbólicas e se insere no rol das atitudes concretas, necessárias para o
equilíbrio climático e a sustentação da vida.</div>
<div style="line-height: 130%; tab-stops: 45.0pt 90.0pt 135.0pt 180.0pt 225.0pt 270.0pt 315.0pt 360.0pt 405.0pt 16.0cm 540.0pt 585.0pt 630.0pt 675.0pt 720.0pt 765.0pt 810.0pt 855.0pt 900.0pt 945.0pt 990.0pt 1035.0pt 1080.0pt 1125.0pt 1170.0pt 1215.0pt 1260.0pt 1305.0pt 1350.0pt 1395.0pt 1440.0pt 1485.0pt 1530.0pt; text-align: justify;">
<br />
A
Pastoral da Ecologia da Arquidiocese de São Paulo ouviu o clamor da criação que
“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">geme em dores de parto</i>”, e, convida
cada católico a assumir sua missão de jardineiro de Deus e colaborar com esse
desafio difícil e sublime que é cuidar da natureza criada por Ele.</div>
<div style="line-height: 130%; tab-stops: 45.0pt 90.0pt 135.0pt 180.0pt 225.0pt 270.0pt 315.0pt 360.0pt 405.0pt 16.0cm 540.0pt 585.0pt 630.0pt 675.0pt 720.0pt 765.0pt 810.0pt 855.0pt 900.0pt 945.0pt 990.0pt 1035.0pt 1080.0pt 1125.0pt 1170.0pt 1215.0pt 1260.0pt 1305.0pt 1350.0pt 1395.0pt 1440.0pt 1485.0pt 1530.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Pastoral da Ecologia
da Arquidiocese de São Paulo.</span></i>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08299163506604813532noreply@blogger.com0